Foi isso que afirmou à Sputnik o economista sênior da agência analítica Smith’s Research & Gradings, Scott MacDonald.
MacDonald acredita que a crise pode vir a se repetir. "É triste, mas é um fato: haverá sempre outra crise. Nós, provavelmente, não iremos ver uma sequência de falências de bancos hipotecários e aquilo que se seguiu. Contudo, nós acumulamos uma grande dívida externa, a dívida soberana está crescendo tanto nos EUA, como no Reino Unido, Japão e Itália, e não tem como frear este processo", assinalou o analista.
"Além disso, as corporações nos mercados emergentes acumularam grandes dívidas, e, quando as taxas sobem, estas ficam ainda mais pressionadas. O fator-chave para o crescimento do mercado é a confiança dos investidores. Agora mesmo esta confiança está baseada no crescimento rápido da economia norte-americana, em que acordos comerciais podem ser fechados e que os investidores continuarão financiando o déficit orçamental norte-americano", acrescentou Mcdonald.
"A próxima crise, provavelmente, será diferente, talvez seja relacionada às novas tecnologias e instituições financeiras não bancárias, muitas das quais são dirigidas por gerentes jovens ousados e corajosos, que nunca participaram de um verdadeiro mercado urso [mercado em baixa, com preços de ativos em queda e com o pessimismo onipresente se tornando autossustentável]", ressaltou.