Embaixada da China na Suécia emite alerta após caso de brutalidade policial contra chinês

© AP Photo / David KeytonMigrantes em Estocolmo, Suécia (arquivo)
Migrantes em Estocolmo, Suécia (arquivo) - Sputnik Brasil
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O Ministério das Relações Exteriores da China e a Embaixada da China na Suécia expressaram preocupações sobre a segurança e os direitos legítimos de seus cidadãos que visitam o país e emitiram um alerta de segurança após casos de brutalidade policial contra chineses.

A embaixada aconselhou a, no caso de uma emergência, recolher provas de possíveis maus-tratos por parte da polícia sueca garantindo simultaneamente a segurança. O corpo diplomático deve ser contactado e informado do caso.

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Um dos incidentes de maior repercussão recentemente envolveu um chinês identificado apenas como Zeng e seus pais idosos, que viajaram para Estocolmo no início de setembro. Tendo chegado antes do horário do check-in para o hotel, eles teriam sido proibidos de descansar no saguão. Após discussão com a equipe do estabelecimento, a polícia foi chamada e arrastou violentamente o pai de Zeng, que sofria de uma grave doença cardiovascular. O idoso foi jogado no chão, fazendo com que ele começasse a se contorcer.

De acordo com Zeng, citado pelo The Global Times, os pedidos de ajuda atraíram um grupo de transeuntes para o local, instando a polícia se aproximarem do pai. No entanto, a reação foi exatamente a oposta do esperado: mais policiais armados chegaram em dois carros para dispersar a multidão reunida. No que ele chamou de "pesadelo", Zeng disse que a polícia colocou a família no carro e começou a interrogá-los se eram refugiados ou se pretendiam usar a violência, antes de jogá-los na escuridão de um cemitério nos arredores de Estocolmo.

"Eu não podia imaginar isso acontecendo em qualquer país moderno, especialmente na Suécia, a cidade natal do Prêmio Nobel", disse o homem. "É tão sarcástico que eles falem sobre direitos humanos o tempo todo", acrescentou. De acordo com o veículo, Zeng ainda aguarda uma explicação um pedido de desculpas e indenização do país escandinavo.

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A Suécia tem uma política de neutralidade militar há quase dois séculos, além de ser conhecida pelas portas abertas a migrantes e refugiados. A questão, porém, começa a atrair oposição dentro do país. Os democratas de direita da Suécia — com uma clara agenda anti-migração — conquistaram 17,6% dos votos, acima dos 13% em 2014. 

O governo de centro-esquerda vem tentando restringir a migração, mas muitos suecos ainda reclamam que a sociedade não pode lidar com a integração de tantos recém-chegados, muitos deles muçulmanos da África e do Oriente Médio. Até agora, o país recebeu 163 mil migrantes, o maior índice per capita de toda a Europa.

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