O projeto de lei foi apresentado por um grupo de senadores norte-americanos liderado pelo republicano Lindsey Graham. O projeto de lei, que Graham chamou de "lei de sanções do inferno", visa punir a Rússia porque "o regime atual de sanções não conseguiu impedir a Rússia de interferir nas eleições de meio de mandato de 2018".
"É pouco provável reprimir os sete maiores bancos estatais russos do modo descrito no projeto de lei norte-americano. De que maneira os bancos e empresas que trabalham com eles [os bancos sancionados] iriam pagar suas dívidas e obrigações contratuais em dólares com contrapartes ocidentais?", pergunta o analista.
No meio das ameaças de adoção das novas sanções, o rendimento dos títulos da dívida pública russa 10 anos subiu de 8% a 9% em agosto e setembro, enquanto seu preço caiu quase 10% abaixo de seu valor nominal.
De qualquer forma, a Rússia não tem necessidade urgente de emitir novos títulos no valor de 7,5 bilhões de dólares (R$ 31 bilhões), como foi planejado anteriormente. "As reservas de ouro e moedas estrangeiras do Banco Central russo cresceram 75 bilhões de dólares (R$ 313 bilhões) em um ano, o que é 10 vezes mais do que Moscou poderia arrecadar com a emissão dos títulos da dívida pública. Além disso, os preços do petróleo continuam altos, o que significa que a Rússia pode esperar por mais de um ano antes de emitir novos títulos da dívida pública", explicou Pushkarev.