"O presidente Pyotr Poroshenko assinou um decreto sobre a 'Decisão do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia de 6 de setembro de 2018' sobre o Tratado de Amizade, Cooperação e Parceria entre a Ucrânia e a Federação da Rússia. Segundo a decisão do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, foram aceitas as propostas do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia sobre o término do tratado de amizade, cooperação e parceria entre a Ucrânia e a Federação da Rússia assinado em 31 de maio de 1997", diz o comunicado.
Anteriormente, Poroshenko declarou que a Ucrânia estava legalmente preparada e protegida para o rompimento do tratado. Pavel Klimkin, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, disse que seu departamento preparou o pacote de documentos necessários e irá apresentá-lo às autoridades do país em breve.
Posteriormente, a primeira vice-presidente da Suprema Rada (parlamento ucraniano), Irina Geraschenko, observou que Poroshenko instruiu o Ministério das Relações Exteriores a não denunciar o tratado de amizade com a Rússia, mas simplesmente não preparar documentos para sua prorrogação. Segundo ela, "trata-se apenas do seu não prolongamento".
Além disso, foi informado que, segundo a decisão do NSDC, o Ministério das Relações Exteriores deve informar à ONU, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e outras organizações internacionais sobre a intenção da Ucrânia de romper o tratado de amizade com a Rússia.
Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano explicou que Kiev visa suspender cláusulas que envolvem a parceria militar, técnica e estratégica, no entanto, as cláusulas de soberania e integridade territorial permanecem em vigor.
O Tratado de Amizade, Cooperação e Parceria entre a Rússia e a Ucrânia foi assinado em 1997. É um documento fundamental nas relações russo-ucranianas que visa parceria estratégica entre os países.