O exército do país sublinhou que na instalação síria bombardeada eram produzidas armas destinadas "a atacar Israel".
"Na noite passada, caças das Forças de Defesa de Israel atingiram uma instalação das Forças Armadas sírias, bem como sistemas para produzir armas letais que em breve deveriam ser transferidas ao Líbano pelo Hezbollah a pedido do Irã", indica um comunicado do Exército israelense.
Os militares israelenses afirmaram ter avisado a parte russa sobre o ataque planejado através do mecanismo de comunicação existente. Além disso, Tel Aviv expressou a prontidão de fornecer a Moscou todas as informações necessárias para investigar o incidente com o Il-20.
Ao mesmo tempo, o país negou ter culpa no ocorrido. Segundo a parte israelense, a culpa do acontecido é de Damasco, do Irã e do movimento libanês Hezbollah.
"Israel considera o regime [do presidente sírio Bashar] Assad, cujos militares abateram o avião russo, totalmente responsável pelo incidente. Israel considera que o Irã e a organização terrorista Hezbollah também têm responsabilidade", diz a primeira reação oficial de Tel Aviv ao incidente, pelo qual a Rússia responsabilizou Israel.
A defesa russa sublinhou que, quase ao mesmo tempo, quatro caças F-16 atacaram instalações sírias em Latakia. Segundo a entidade, para evitar a resposta síria, os pilotos israelenses puseram o Il-20 debaixo de fogo do sistema de defesa antiaérea. O avião russo foi abatido por um míssil S-200 sírio, a queda resultou na morte de 15 militares russos.