Será que Kiev poderá reaver Crimeia criando base militar no mar de Azov?

© AP Photo / Efrem LukatskyGuardas de fronteira ucranianos patrulhando o mar de Azov
Guardas de fronteira ucranianos patrulhando o mar de Azov - Sputnik Brasil
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Criando uma base naval no mar de Azov, a Ucrânia poderá fazer com que a Rússia "faça concessões", opinou o tenente-general ucraniano Vasily Bogdan.

Segundo disse à edição Obozrevatel, Kiev é capaz de instalar uma base naval que se torne um sério problema para a Rússia, obrigando-a a "fazer concessões e sentar-se à mesa de negociações".

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Para Bogdan, a criação de uma infraestrutura militar na região poderá também influenciar a realização dos acordos de Minsk, ou seja, a resolução do conflito em Donbass, e o assunto da Crimeia.

O general expressou a esperança que o Ocidente ajude a Kiev neste assunto, referindo-se a "acordos com a parte americana" sobre o aumento das capacidades de defesa da Ucrânia.

Anteriormente, as autoridades ucranianas anunciaram planos de criar uma base naval na costa do mar de Azov e transferir para a área duas lanchas blindadas. Além disso, o Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia (SNBO, sigla em ucraniano) ordenou reforçar a presença militar no mar de Azov e equipar os destacamentos da guarda costeira ucraniana com mísseis de alta precisão.

A situação da navegação no mar de Azov tem piorado desde o início deste ano. Em março, a Ucrânia deteve o navio de pesca russo Nord, acusando seu capitão de visitar ilegalmente a Crimeia "com o fim de prejudicar os interesses do Estado". Em agosto, a guarda costeira ucraniana deteve o navio-cisterna Mekhanik Pogodin com tripulação a bordo.

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Moscou qualificou as ações de Kiev como "terrorismo marítimo" e reforçou as inspeções alfandegárias na sua parte do mar de Azov. Então, a parte ucraniana acusou a Rússia de "levar a cabo uma política dura de deter e inspecionar os navios".

A Crimeia passou a integrar o território russo após um referendo convocado em março de 2014, no qual mais de 90% dos residentes locais se manifestaram a favor de voltar a fazer parte da Rússia.

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