Na votação, realizada na noite da quarta-feira (19), 82 dos parlamentares votaram em apoio ao governo, enquanto 22 votaram contra. Outros 14 parlamentares se abstiveram da votação.
Sob a lei peruana, se o Parlamento aprovasse o voto de desconfiança, o presidente teria que demitir o governo e formar um novo gabinete para ser aprovado pelos legisladores.
No entanto, caso os legisladores não aprovarem o novo gabinete, o presidente terá o direito de demitir o Parlamento e convocar eleições legislativas de imediato.
"Não há vencedores nem perdedores. Somente o Peru ganhou hoje", escreveu Vizcarra no Twitter após a votação parlamentar.
Aquí no hay vencedores ni vencidos. Hoy solo ha ganado el Perú.
— Martín Vizcarra (@MartinVizcarraC) 20 de setembro de 2018
Villanueva, por sua vez, saudou o voto de confiança do Congresso em seu gabinete.
O escândalo se seguiu após a publicação na mídia local de várias gravações de áudio, supostamente mostrando que sentenças judiciais foram adulteradas em troca de subornos.
Martin Vizcarra assumiu o governo do Peru em abril deste ano ao lado do novo gabinete liderado por Cesar Villanueva. Vizcarra tornou-se presidente após seu antecessor, Pedro Pablo Kuczynski renunciar ao cargo da Presidência depois de ser acusado de corrupção.