Trata-se do morteiro autopropulsado 2S4 Tyulpan de 240 milímetros e do obuseiro 2S7 Pion de 203 milímetros. Ambas as armas são capazes de disparar projéteis nucleares, "algo que a OTAN poderia ter sentido na sua pele se a Guerra Fria tivesse virado quente", escreve a edição, citando o Escritório de Estudos de Defesa Estrangeiro do Exército dos EUA (FMSO).
Quando a Guerra Fria acabou, a Rússia enviou a maioria de sua artilharia de grande calibre para os armazéns, mas agora decidiu adaptar estes armamentos para os desafios modernos.
"Segundo relatos, o 2S4 está sendo modernizado para ser integrado nos sistemas russos de comando e controle de artilharia e ser equipado com modernos sistemas de comunicação e controle de fogo melhorados", escreve a edição, citando a FMSO.
Mesmo assim, os analistas da FMSO desconhecem por que razão a Rússia está devolvendo a sua velha artilharia. Segundo uma das versões, tal artilharia poderá ser usada para "pulverizar áreas urbanas e fortificações no campo", uma tarefa complicada para peças de artilharia russas de calibre menor.
Os especialistas avançam uma possível explicação: os projéteis para o 2S4 Tyulpan e 2S7 Pion são mais baratos para serem produzidos do que os mísseis balísticos.
O canhão autopropulsado 2S7 Pion de 203 milímetros foi desenhado para atacar a retaguarda do inimigo, realizar bombardeamentos maciços de alvos de importância especial e meios de ataque nuclear a uma distância tática de até 47 quilômetros. Entrou em serviço em 1975 e foi produzido até o colapso da URSS.
A artilharia é considerada historicamente talvez a arma mais poderosa do exército russo. Falando sobre o poderio da artilharia, o líder soviético Josef Stalin disse em 1941 o seguinte: "A artilharia é o mais importante gênero das tropas. A artilharia é o Deus da guerra moderna.