"Espero que ninguém imponha quaisquer sanções sobre nós", disse o embaixador saudita na Rússia, Raid bin Khalid Krimli, falando à mídia em Moscou. Os problemas técnicos da compra estão sendo discutidos, acrescentou ele.
A Rússia e a Arábia Saudita estão em negociações para a compra do sistema de defesa aérea S-400, embora nada tenha sido finalizado. Enquanto isso, os EUA estão insatisfeitos com outros países que querem obter sistemas russos e já aplicaram sanções à China por isso.
A Turquia, um membro da OTAN como os EUA, é o próximo na fila para obter seus S-400, e também está em desacordo com Washington sobre isso.
No início de setembro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou duramente a recomendação do secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, contra o acordo, dizendo que Ancara não precisa da "permissão de ninguém" para comprar as armas.
A Índia, outro potencial comprador, também não se incomoda com a perspectiva de sanções norte-americanas.
Qatar e Egito também estão na lista de possíveis clientes. Qualquer um que compre sistemas russos é um alvo potencial para sanções secundárias dos Estados Unidos sob o Ato contra os Adversários da América (CAATSA). A China, atualmente engajada em uma amarga guerra comercial com os EUA, tornou-se a primeira a ser atingida.
No entanto, isso pode ser estranho para a Arábia Saudita, já que as vendas de armas de Washington para Riad valem dezenas de bilhões de dólares. Os sauditas são o segundo maior comprador de armas do mundo e compram 61% de suas armas dos EUA.
Os EUA e os sauditas também cooperam em ações e exercícios militares em todo o Oriente Médio. A esse respeito, as esperanças do embaixador Krimli parecem justificadas.