Pompeo criticou a Rússia argumentando que o país não coopera com EUA no cenário mundial, adicionando que os russos "não provaram ser úteis na Ucrânia e na Síria".
Na semana passada, o Departamento de Estado americano sancionou a China por ela comprar armamentos russos, e, no sábado, Pompeo se referiu às penalidades econômicas como evidência dos esforços da administração de Trump para "combater ações maliciosas da Rússia".
O principal diplomata de Trump também chamou a falta de cooperação entre a Rússia e os EUA de "lamentável", tendo trabalhado anteriormente com a administração de Vladimir Putin em "assuntos antiterroristas", e as duas nações estavam unidas em certos objetivos internacionais.
"Há um punhado de outros lugares no mundo onde temos interesses sobrepostos, embora certamente não sejam princípios […] A Rússia é um país muito diferente do nosso a esse respeito", apontou Pompeo.
Em entrevista à Sputnik, o cientista político Sergei Kozlov ressaltou que, quando a Rússia defende seus próprios interesses, os EUA lutam para denegrir o país eslavo.
"A recente declaração do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sobre ‘inutilidade' da Rússia na Ucrânia e Síria, pode ser interpretada da seguinte forma: para os EUA, seus interesses nacionais são mais importantes do que tudo, e eles estão prontos para ouvir a opinião da Rússia apenas quando seus interesses [americanos] coincidirem com os russos. Mas onde a Rússia tenta defender seus próprios interesses, o establishment americano e Mike Pompeo, como um de seus mais proeminentes representantes, verão a inutilidade da Rússia e de todas as maneiras possíveis tentará menosprezar o papel da Rússia na solução dos problemas, particularmente na Ucrânia e na Síria", concluiu o analista.