Segundo o ministro russo, os sistemas são capazes de interceptar meios de ataque aéreo à distância de mais de 250 quilômetros e atingir ao mesmo tempo vários alvos aéreos, reforçando significativamente as capacidades da defesa antiaérea síria.
Shoigu lembrou que em 2013 a Rússia suspendeu a entrega dos S-300 à Síria a pedido de Israel, mas que agora a situação mudou "não por culpa da Rússia", referindo-se ao incidente com o avião Il-20.
"A decisão da Rússia de fornecer sistemas de defesa antiaérea S-300 à Síria mudará o balanço de forças e não deixará as longas mãos de Israel e do Ocidente alcançarem Damasco. Será um fator de dissuasão da agressão contra a Síria", opinou.
Para Maqsud, ao fornecer estes armamentos, Moscou anunciou o fechamento do espaço aéreo sírio para a aviação dos países ocidentais e de Israel. Porém, a entrega dos S-300 não é ainda a resposta completa a Israel após o abate do Il-20.
"São apenas os primeiros passos, a resposta ainda está para chegar. Ninguém sabe como a Rússia responderá. Mas lembramos que, quando a Turquia derrubou o avião russo [Su-24 em novembro de 2015], as medidas de resposta tiveram bastante influência em Ancara", disse o analista sírio.
O combate ao terrorismo no país árabe continua, e o general acredita que os sistemas russos serão um grande apoio para o exército sírio e que, agora, já não haverá razões "para este se preocupar com a segurança de seu espaço aéreo". "Tudo está indicando que a Síria será libertada completamente dos terroristas", concluiu.
O avião russo Il-20, a bordo do qual seguiam 15 militares, foi derrubado por um míssil de um sistema S-200 do exército sírio, na noite da segunda-feira (17), matando todos os tripulantes. Segundo afirmou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, a aeronave foi derrubada por mísseis sírios em resposta às ações da aviação israelense, que usou o avião russo como cobertura.