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Ecólogos alertam para esgotamento acelerado da riqueza biológica da Mata Atlântica

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Um dos ecossistemas mais ricos da América do Sul foi reduzido a um décimo do que era antes e o número de espécies de mamíferos que habitam o local despencou pela metade, perdendo aproximadamente 44% dos mamíferos.

A floresta tropical de imensa riqueza biológica que foi a Mata Atlântica, atualmente é uma das "mais vazias" do mundo, declaram ecólogos em artigo publicado na revista PLOS One, onde cita a atual situação dos mamíferos do ecossistema, que é o segundo mais importante do Brasil depois da floresta Amazônica.

Desmatamaento da Amazônia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Pesquisador do Imazon aponta que desmatamento na Amazônia só cresce
Sendo um caso igual ao das florestas húmidas da bacia do rio Amazonas, no qual a redução da biodiversidade nas regiões mais próximas do litoral sudeste do Brasil está relacionada ao crescente desmatamento. A superfície das matas atlânticas pode ser encontrada em 10% do território original, que correspondia a 1,1 milhão de km², e hoje corresponde a apenas 143 mil km².

Diante da situação, todas as grandes e médias espécies de mamíferos estão expostas à ameaça de extinção. Ecólogos compararam os registros da biodiversidade publicados nos últimos 30 anos com os dados referenciais dos tempos do Brasil colonial, o resultado não foi dos mais otimistas já que mais da metade das espécies de mamíferos da floresta deixaram de existir, desde o período colonial.

O motivo dessa grande perda tem sido as diversas atividades humanas, como o desmatamento, a agricultura e a caça. Os animais mais vulneráveis são os superpredadores e os grandes carnívoros como onças-pintadas e suçuaranas, assim como os grandes herbívoros, como os tapires.

Atualmente, "a diversidade de mamíferos da outrora majestosa Mata Atlântica foi reduzida em grande parte a uma sombra pálida de seu antigo eu", sem contar a falta habitat aos animais, o que deixa os animais encurralados em um vórtice aberto de extinção, declarou o ecólogo brasileiro, Juliano André Bogoni, o primeiro autor do estudo, ao site da Universidade de Anglia Oriental, no Reino Unido, que também participou do estudo.

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