No sábado (22), o navio ucraniano de busca e resgate Donbass e o rebocador de alto mar Korets navegaram ao longo da costa da Crimeia, tendo entrado na zona econômica exclusiva da Rússia. Vários navios de guerra russos escoltaram os navios ucranianos.
Entretanto, a passagem desses navios através do estreito de Kerch foi realizada com a ajuda de práticos (guias náuticos) russos a bordo, comunicou o representante da Ucrânia para questões de segurança em Minsk, general Yevgeny Marchuk, ao canal 112 Ukraina.
Ele informou que, para atravessar o estreito pouco profundo, os navios ucranianos precisaram de ajuda do serviço russo de praticagem, apesar de qualquer interação com as entidades da Crimeia ser proibida, em suas palavras, pela lei ucraniana sobre "os territórios ocupados".
Ao mesmo tempo, o general sublinhou que o Donbass e o Korets não são navios de guerra e, portanto, podem levar a bordo guias náuticos russos. Estes "ajudaram os navios ucranianos a passar tranquilamente para o mar de Azov" e mais adiante.
Para esclarecer a situação, o deputado do Conselho de Estado da Crimeia, Vladislav Ganzhara, comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik as versões divulgadas por vários representantes ucranianos.
"A passagem inglória da assim chamada frota ucraniana sob o arco da Ponte da Crimeia foi algo épico e cómico. Sabemos em que condições se encontram esses navios. Eu, por exemplo, pensei que o navio Donbass pararia ainda no caminho para o estreito de Kerch, e teria que ser rebocado", declarou o parlamentar.
Em sua opinião, isso aconteceu porque "os cidadãos da Ucrânia observaram uma imagem triste: dois miseráveis navios ucranianos passando por baixo da grandiosa Ponte da Crimeia…".
"Além disso, as pessoas na Ucrânia entendem perfeitamente que os navios não podiam passar sob a Ponte da Crimeia sem tal ter sido acordado com a parte russa — claro que eles pediram permissão. No entanto, a parte ucraniana continua fazendo crer que ninguém pediu nada. Tudo isso é tão cómico…. Seria melhor se ficassem calados. A sua provocação foi um fracasso", finalizou o político russo."