Até o momento, o dispositivo a laser mais avançado foi capaz de penetrar 200 metros através da água oceânica e fornecer resultados confiáveis. Esse recorde de profundidade foi estabelecido por um dispositivo criado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) do Pentágono, segundo South China Morning Post.
Se bem sucedido, o feixe de laser do satélite será capaz de detectar submarinos e disparar pulsos para o satélite, que seriam analisados para identificar a localização, a forma tridimensional e a velocidade da embarcação. A tecnologia de radar seria capaz de realizar varreduras de em áreas de 100 quilômetros de extensão, bem como focar áreas reduzidas.
No entanto, a tecnologia LIDAR (da sigla inglesa Light Detection And Ranging) usada para escanear o oceano pode não dar conta do recado. De acordo com o jornal chinês, nuvens, nevoeiro, águas turvas e peixes podem fazer com que o satélite relate detecções falsas de submarinos ou simplesmente não produza resultados devido à incapacidade do feixe de penetrar profundamente nas águas.
Os feixes desviados são uma das principais preocupações dos pesquisadores. Alguns até sugerem que a meta do projeto de penetrar cerca de 500 metros abaixo da superfície simplesmente não é possível.
"Quinhentos metros é uma 'missão impossível'", disse um cientista anônimo do Instituto de Óptica e Mecânica de Xangai, que não está envolvido no projeto. "[Os pesquisadores do projeto] não serão capazes de romper a escuridão guardada pela Mãe Natureza — a menos que, é claro, eles sejam Tom Cruise, armados com algumas armas secretas".
A decisão de Pequim de prosseguir com o projeto se deu graças a um avanço em potencial, possibilitado por uma nova "abordagem inovadora", ainda não revelada, explica o jornal, que conversou com um cientista envolvido no projeto.
Enquanto a China se prepara para mergulhar mais fundo e ampliar vigilância subaquática, o país também expande seus objetivos no espaço. O programa lunar da China entra em sua primeira etapa até o final do ano.