Após a crise de 2008, as autoridades chinesas começaram a reforçar a produção do aço para manter o crescimento econômico do país. A medida, que na época afetou de forma positiva o país, agora representa um problema. Nem a China, nem o resto do mundo precisa de tanta quantidade de aço chinês. A Associação Mundial do Aço estima que, até 2020, a produção do aço na China caia de 886 até 842 milhões de toneladas, mas a demanda também se vai reduzir.
"A promoção de opões para o aço laminado é motivada pelo mercado de ações chinês, bem como pela necessidade de criação de um mecanismo de formação de preços. É preciso entender que a China está lidando com uma superprodução do aço. Além disso, a produção chinesa foi expulsa do mercado norte-americano. Portanto, se a China conseguir criar um contrato de opções para o aço laminado, tal medida irá reforçar as posições chinesas na influência sobre os preços da produção", assinalou a especialista.
A agência Reuters noticiou que a China planeja lançar as opões em maio de 2019. Neste caso, a maior parte das negociações no principal mercado de opções asiático, em Singapura, vai passar a ser negociada na China, acredita Fengying. Contudo, segundo ela, Pequim não tem necessidade de se comparar com Singapura, tendo outro objetivo.
"O mercado chinês possui um grande potencial, já que do ponto de vista financeiro Xangai se tornará o análogo de Londres ou Nova York. Sendo assim, a nossa meta não é a concorrência com Singapura. O poderio do Estado chinês permite que Xangai vire o maior centro financeiro, tendo uma boa localização, bem como a dimensão e a unidade do povo", acredita Chen Fengying.
Ao longo de muitos anos, pelo título de centro financeiro asiático estão lutando Hong Kong, Xangai e Tóquio. Aparentemente, Xangai tem as chances mais elevadas. Em 2009, o volume da sua economia superou o nível do PIB de Hong Kong. Além disso, o desempenho do yuan na economia mundial está crescendo. Agora, 1,39% das reservas de bancos centrais é a moeda nacional chinesa, sendo antigamente 1,08%.
Além disso, as autoridades chinesas vêm promovendo o comércio bolsista em Xangai. Na bolsa de valores da cidade chinesa estão sendo negociados contratos futuros de prata, ouro, aço e alumínio. No final de março foi lançado o primeiro contrato padrão petrolífero expresso em yuanes.