Segundo o texto do pronunciamento, Pequim "mobilizou atores sob cobertura" e usa propaganda para "mudar a percepção dos estadunidenses sobre a política chinesa".
"Como me disse recentemente um membro sênior de nossa comunidade de inteligência, o que os russos estão fazendo não é nada comparado com" as ações da China, cita a Bloomberg os trechos do discurso, publicado com antecedência.
"Eles atingiram propositadamente as indústrias e os estados que desempenhariam um papel importante nas eleições de 2018", refere.
Além disso, o vice-presidente deverá abordar o recente incidente no mar do Sul da China, quando um navio chinês passou a uns 40 metros do destróier americano USS Decatur, fazendo com que este mudasse de direção para evitar a colisão. Mais tarde, a Defesa chinesa declarou que o destróier estadunidense entrara ilegalmente nas águas disputadas perto das ilhas Spratly, que Pequim considera seu território.
Apesar de as aproximações "perigosas" entre navios das Marinhas dos EUA e da China não serem raras, este incidente foi visto como um sinal de crescentes tensões entre as duas potências, escreve a Bloomberg. Neste sentido, Pence deverá afirmar que os EUA continuarão navegando na região "apesar deste assédio imprudente".
As tensões entre Washington e Pequim ocorrem em meio à atual guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Na semana passada, os EUA impuseram novas tarifas no valor de US $ 200 bilhões sobre produtos importados chineses. Pequim respondeu com a mesma medida, introduzindo taxas aduaneiras de US $ 60 bilhões sobre produtos dos EUA.