Os homens da tripulação de um dos tanques norte-americanos M1 Abrams, em entrevista ao Business Insider, avaliaram o novíssimo tanque russo T-14 Armata.
Contudo, os militares criticaram o sistema de municiamento automático do tanque, considerando-o como pouco prático e apontando para as vantagens do municiamento manual empregado nos tanques Abrams. Os tanquistas norte-americanos opinaram também que a complexidade da torre do T-14 completamente automatizada pode falhar durante um combate.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista militar e coronel aposentado, Viktor Litovkin, comentou essas avaliações.
"Quanto às afirmações sobre as vantagens do sistema manual de municiamento, acho que é um absurdo. Sendo assim, durante um combate, quando o tanque está sendo sacudido em terreno acidentado, é muito mais difícil acertar com o projétil na culatra do canhão do que o faz o sistema automático do tanque", assinalou o especialista.
O analista destacou também que o Armata possui muitas vantagens em comparação com qualquer tanque estrangeiro, "por isso esta plataforma é considerada como um 'avanço na construção de tanques do século XXI'".
"Claro, a vantagem decisiva do tanque T-14 é que sua tripulação está em uma cápsula blindada, ou seja, iria sobreviver a uma explosão das munições. Outra vantagem é a torre inabitável, sendo o armamento operado através de sistemas digitais. Eu já nem falo que a velocidade do Armata é maior do que a de qualquer outro tanque estrangeiro", ressaltou Viktor Litovkin.
O T-14 Armata conta com um canhão de calibre 125 mm que, graças a uma ampla gama de munições modernas, é considerado uma arma capaz de destruir qualquer tanque promissor. Atrás da forte blindagem do veículo há uma cápsula isolada com a tripulação que ajuda os tanquistas a sobreviver até mesmo se a torre do tanque for atingida.