Há dois dias, em um evento da Associação Brasileira da Infraestrutura e da Indústria de Base (Abdib), o General Mourão, vice na chapa de Bolsonaro, sugeriu que Fidelix seria um bom nome para comandar a Câmara Baixa brasileira a partir de 2019, em um eventual governo do candidato do PSL.
À Sputnik Brasil, Fidelix – que ficou conhecido no passado pela proposta do Aerotrem e por declarações homofóbicas – destacou que tem sim a vontade de presidir a Casa, um local no qual o presidente do PRTB garantiu ter "inúmeros deputados amigos".
"Confirmo a pretensão, na medida em que puder unir a situação a ser eleita e vários segmentos da oposição, onde possuo inúmeros deputados amigos, aos quais requerirei apoio pessoal à minha candidatura e presidência daquela Casa", afirmou.
Fidelix ainda afirmou que sua pretensão "é pessoal e não impositiva" e que "dependerá dos resultados das urnas e de uma votação expressiva". "Serei um postulante natural apenas", completou o pai do Aerotrem.
Entretanto, a ideia pode ter vida curta. Candidato a deputado federal, Fidelix precisa primeiro conseguir se eleger para uma das 513 cadeiras da Câmara e, mesmo que isso aconteça em 7 de outubro, ele terá de enfrentar nomes mais fortes para o cargo.
Também candidato a um novo mandato, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) é considerado o favorito a presidir a Câmara dos Deputados, como o fez nos últimos dois anos.
Há duas semanas, o economista Paulo Guedes informou, em entrevista ao jornal O Globo, que teria conversado com Maia, ao qual levou uma ideia sobre votações no Legislativo federal em um eventual governo Bolsonaro.
O "Posto Ipiranga" do ex-capitão do Exército indicou haver um acordo para obter o apoio de Maia e do DEM, algo que foi negado prontamente pelo parlamentar fluminense.
Contudo, a legenda já tem um pé na campanha de Bolsonaro, já que o deputado federal Ônix Lorenzoni (DEM-RS) é um dos principais assessores do presidenciável do PSL e favorito a ser o ministro da Casa Civil em um futuro governo.
Além do DEM, há uma expectativa na campanha bolsonarista que ele terá o apoio da maioria dos parlamentares que compõem o “Centrão”, principal base do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ) – hoje preso em Curitiba – quando presidia a Câmara.
Até o momento, a Bancada Ruralista (com mais de 200 deputados) e os líderes da Bancada da Bala e da Bíblica já declararam apoio a Bolsonaro.