Em entrevista à Sputnik Brasil, Jackson afirmou que a suspeita em torno da segurança das urnas é "lamentável" e não se confirma na realidade. "É uma das poucas vezes em que estou afinado com o que diz a Justiça Eleitoral. O senhor Jair Bolsonaro se elegeu ao longo de mais de 20 anos através do mesmo sistema, por que uma fraude aconteceria justamente agora?", questiona.
"Fraudar uma eleição demandaria alterar várias urnas ao mesmo tempo, uma ação coordenada matematicamente impossível. É um absurdo que se discuta essa tese, mas penso que isso foi exarcebado com o Aécio Neves em 2014, ao questionar os resultados. O PSDB abriu uma caixa de pandora com essa ação", critica.
Jackson chamou a atenção, porém, para a inversão na ordem de votação para o Legislativo. Diferentemente de outros anos, em 2018 o eleitor votou primeiro para deputado federal e só então para estadual. A mudança, acredita o especialista, pode ter confundido muita gente.
"Infelizmente, o analfabetismo funcional é um problema sério no país, que se reflete na hora do voto. É este também um dos principais motivos de fake news, já que uma notícia mentirosa geralmente se apoia em frases curtas e tópicos emocionais", avalia.
Voto Impresso
"Duvido muito de quem defende o voto impresso, tenho desconfianças das motivações destas pessoas. É abrir espaço para o controle do eleitor".