O FMI divulgou nesta segunda-feira (8) que a economia global crescerá 3,7% este ano, o mesmo que em 2017, mas abaixo dos 3,9% previstos para 2018 em julho. O organismo internacional reduziu suas perspectivas para os 19 países que usam o Euro e para a Europa Central e Oriental, América Latina, Oriente Médio e África Subsaariana.
O relatório chega às vésperas dos encontros de 12 a 14 de outubro em Bali, na Indonésia, do FMI e de sua organização irmã de empréstimos, o Banco Mundial.
O FMI espera que a economia dos EUA cresça 2,9% este ano, o ritmo mais rápido desde 2005 e inalterado em relação à previsão de julho. Mas prevê que o crescimento dos EUA cairá para 2,5% no ano que vem, à medida que o efeito dos recentes cortes de impostos se esvai e a guerra comercial do presidente Donald Trump com a China cobra seu preço.
O fundo manteve sua previsão de crescimento na economia chinesa inalterada em 6,6% este ano. Citando o impacto dos impostos dos Estados Unidos sobre as importações chinesas, no entanto, o FMI reduziu as perspectivas para a China no próximo ano para 6,2%, o que seria o menor crescimento do país desde 1990.
Os Estados Unidos e a China — as duas maiores economias do mundo — estão em conflito enquanto Pequim busca tomar a liderança da produção tecnológica global. Washington acusa a China de usar táticas predatórias, incluindo roubo de propriedade intelectual e forçar empresas estrangeiras a entregar segredos comerciais em troca de acesso ao mercado chinês.
As perspectivas para o comércio mundial também perderam força: o FMI espera que o comércio global cresça 4,2% este ano, abaixo dos 5,2% em 2017 e dos 4,8% esperados em julho.