"O que mais me impressionou na personalidade de Che como um chefe foi que ele liderava pelo exemplo. Ele não exigia qualquer coisa que ele mesmo não fosse capaz de fazer, e também a sua cultura e paixão ao longo da vida para aprender e se superar", disse o ex-guerrilheiro agora com 75 anos.
Escandón relembra que tinha 22 anos quando foi técnico de comunicações do grupo de Che no Congo.
"Embora muitas pessoas falam sobre o caráter de Che, eu sempre lembro dele como uma pessoa reta e exigente, mas cordial e amigável. Ele estava interessado em cada detalhe, incluindo os detalhes técnicos de nossos aspectos na tarefa de comunicação", disse ele.
O antigo companheiro de armas diz que Che organizou aulas de francês e swahili (uma língua africana falada nos territórios da Tanzânia e do Quênia) para os combatentes cubanos.
Em 24 de março de 1965, liderando uma equipe de 14 combatentes cubanos, Che desembarcou no lago Tanganyika, na Tanzânia. A partir dali o grupo seguiu para fazer contato com os guerrilheiros chefiados pelos líderes congoleses Laurent Kabila e Gaston Soumaliot.
Após sete meses de operações e participação em mais de 50 atos de guerra, o contingente foi retirado como resultado das diferenças ideológicas e estratégicas com os líderes africanos.
Che, então, partiu para a Bolívia para iniciar um foco revolucionário. Ele terminou morto em uma ação que contou a participação da CIA, dos Estados Unidos.