Segundo Negrón, a "vitória de Bolsonaro abriria um campo muito fértil para uma agressão à Venezuela desde o flanco sul", e que todos teriam que começar a se preocupar.
O analista argentino Tolcachier, da agência de notícias Pressenza, considerou que o que acontece com o Brasil não é de forma alguma diferente ao que ocorre com o governo de Macri, atual presidente da Argentina, e que a "ligação econômica e diplomática é muito estreita". Caso o candidato da extrema-direita ganhe, "o eixo antivenezuelano não há dúvida de que se fortaleceria".
"Por outro lado, está em dúvida se Bolsonaro vai ter uma atitude totalmente aberta como esperada ou de alguma forma tentará imitar alguns aspectos de Trump com uma espécie de nacionalismo protecionista, com o qual variariam os termos da relação, pelo menos no Mercosul", ressaltou.
"Um governo de Fernando Haddad é um triunfo, mesmo que difícil, há uma possibilidade que o candidato de Lula voltaria a favorecer a aproximação do Brasil com a América Latina. Ajudaria a reconstruir uma integração regional que hoje está bloqueada […] e seria um fator de importante distensão diplomática", concluiu Tolcachier, em entrevista à Sputnik.