Segundo foi relatado, a Aliança prevê efetuar 20 "experimentos" durante as maiores manobras militares dos últimos anos Trident Juncture.
"As manobras fornecerão um ambiente para a realização de testes, afinação e desenvolvimento de capacidades existentes ou novas. Ao coordenar e integrar os experimentos das organizações e países da OTAN no TRJE18, a OTAN espera garantir os melhores resultados experimentais sem colocar em risco os objetivos dos exercícios", diz um comunicado divulgado pela entidade.
Um desses experimentos será o desenvolvimento da implantação operacional de um módulo de coordenação e comando para implantação e controle das forças aéreas fornecidas pelos países aliados.
Anteriormente, o tenente-general das Forças Armadas da Noruega, Rune Jacobsen, informou que a Suécia e a Finlândia, que não fazem parte da Aliança, abrirão seu espaço aéreo para operações no âmbito dos exercícios.
O especialista militar Boris Rozhin comentou, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, os planos dos militares da OTAN.
"Os exercícios são geralmente associados a testes das capacidades de defesa russas: com o uso de aeronaves não tripuladas são inspecionadas instalações militares russas, a movimentação de forças militares em áreas fronteiriças; verificam a atividade da aviação russa, testam os sistemas russos de guerra eletrônica", comentou.
Segundo ele, os militares vão testar seus próprios sistemas de interação entre tropas e equipamentos dos países que participam dos exercícios perto das fronteiras da Rússia.
"Todos os dados obtidos no decorrer desses exercícios são coletados em um centro analítico e, de acordo com ele, são feitas recomendações, em particular, sobre modernização dos recursos que podem ser usados contra a Rússia no futuro. Ou seja, é um trabalho de defesa normal, mas claramente focado contra a Rússia", concluiu Rozhin.