"Enquanto alguns países pararam de comprar petróleo do Irã, encontramos novos parceiros. Além disso, conversamos com nossos parceiros existentes", disse Jahangiri, segundo a emissora iraniana IRIB.
O funcionário iraniano ressaltou que mesmo os países que se recusam publicamente a comprar petróleo iraniano estão buscando outras formas de continuar importando indiretamente, enquanto os outros estão procurando começar a comprar petróleo bruto do Irã.
Jahangiri afirmou que os EUA "definitivamente não conseguiriam cortar as exportações de petróleo do Irã para zero".
As exportações de petróleo bruto iraniano estão em risco desde que a Casa Branca anunciou que está reimplantando sanções unilaterais contra a República Islâmica. Em maio, o presidente estadunidense Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015 entre Teerã e uma ampla aliança de potências mundiais.
Washington também ameaçou sanções secundárias em quaisquer países ou empresas que realizam transações com o Irã.
A primeira rodada de sanções contra Teerã, que entrou em vigor no início de agosto, tem como alvo veículos iranianos, tapetes, comércio de metais e acesso a cédulas norte-americanas. Outras sanções, marcadas para o início de novembro, devem atingir os setores de petróleo e transporte do Irã.
Até agora, alguns aliados dos EUA, incluindo Japão e Coreia do Sul, se curvaram à pressão de Washington, dizendo que estão prontos para suspender suas importações de petróleo iraniano no início de novembro. Índia e China manifestaram-se contra as medidas, defendendo seus contratos existentes com o Irã.
Em setembro, Teerã e Bruxelas teriam discutido a barganha do petróleo iraniano por produtos europeus através da Rússia, para contornar as restrições impostas por Washington a todos os participantes do mercado.