"Com certeza, o aquecimento global possui consequências mais graves, e o aumento do preço da cerveja nem se comparará aos outros problemas. Por outro lado, bebe-se cerveja em todos os lugares, e o desaparecimento da possibilidade de se refrescar em um dia quente bate em cheio no amor próprio das pessoas", declarou Steven Davis da Universidade da Califórnia Irvine, EUA.
Climatologistas e biólogos há muito tempo acreditam que o aquecimento global e aumento da liberação de dióxido de carbono na atmosfera afetam positivamente a flora com a melhoriada eficácia da fotossíntese.
Uma equipe de climatologistas, chefiada por Steven Davis, pegou a cevada para analisá-la no contexto do aquecimento global. Vale destacar que grande parte das plantações de cevada se localiza na Europa, Rússia, Austrália, Canadá e no norte das Grandes Planícies dos EUA.
Os pesquisadores descobriram que a produção de cevada poderá cair 17% caso as temperaturas aumentem muito rápido, causando grandes consequências principalmente nas regiões centrais da Europa e no sul do Canadá.
No entanto, o norte dos EUA e regiões do sul da Sibéria, bem como os Urais e a região do Volga na Rússia, se tornarão mais atraentes para cultivar cevada, aumentando a produção em uma faixa entre 50% e 60%.
Como resultado, exportações de cevada aos países-chave de fabricação de cerveja, tais como a Bélgica, República Tcheca, Alemanha e Irlanda diminuirão entre 27% e 28%, causando, assim, falta de cerveja e, consequentemente, aumento dos preços da bebida.
Espera-se que a cerveja venha a ser vendida pelo dobro do preço atual em quase todo o mundo, já na Irlanda a cerveja poderá ser vendida por um preço 6,5 vezes maior.
"Nossas avaliações mostram que a produção geral de cerveja no mundo será cortada em 16% nos anos quando calor e secas reinarão na Terra […] O aumento dos preços e o déficit podem tornar cerveja inacessível a centenas de milhões de pessoas por todo o mundo", concluíram climatologistas.