De acordo com os pesquisadores britânicos, os modelos teóricos mostram que a idade de um sistema semelhante deveria ser maior para que lá se conseguissem formar planetas tão grandes. Além disso, os corpos celestes giram em órbitas estranhas, comunica o portal Phys.org.
A estrela recém-descoberta CI Tau tem dois milhões de anos de idade. Está afastada da Terra a uma distância de 500 anos-luz. Os astrônomos já sabiam que esse sistema planetário possui pelo menos um planeta considerado como gigante gasoso. Mas as recentes observações realizadas através dos telescópios Atacama Large Millimeter Array (Chile) revelaram que no disco do sistema há "rompimentos" que apontam para a existência de mais três planetas com grandes massas.
Os planetas giram a distâncias diferentes de sua estrela. Os dois gigantes gasosos exteriores têm massas parecidas com Saturno, mas suas órbitas são extremamente afastadas da estrela. Ao mesmo tempo, o terceiro planeta tem massa semelhante à de Júpiter, enquanto o quarto planeta supera em 10 vezes sua massa.
Todas as outras estrelas conhecidas que possuem "júpiteres quentes" em seus sistemas (cerca de 1% de todas as estrelas) são centenas de vezes mais velhas que CI Tau. Por esta razão, e devido às outras anomalias acima mencionadas, até agora os cientistas não conseguem entender se o gigante gasoso foi transferido em direção à estrela graças à força gravitacional dos planetas vizinhos ou se isso foi resultado de qualquer outro evento. Ademais, não se sabe de que modo se formaram os dois planetas exteriores. Portanto, os astrônomos esperam que as futuras observações ajudem a coletar mais informações sobre este estranho sistema planetário.