"As manobras conjuntas com países-membros da OTAN Clear Sky 2018 são necessárias para demonstrar que o preço a pagar pela Rússia será muito alto, se esta atacar a Ucrânia com sua força aérea", escreveu o líder no seu Facebook.
O líder sublinhou também que o país luta pela liberdade e democracia e aprecia muito a posição de seus parceiros dos EUA e da OTAN.
No vídeo, adicionado na postagem, Poroshenko disse também que os soldados ucranianos podem ensinar muitas coisas aos militares da OTAN, pois "combatem em condições de uma guerra híbrida russa".
Esta não é a primeira afirmação forte do presidente ucraniano durante as manobras. Antes, ele já dissera que "é preciso estar pronto para qualquer cenário: tanto a defesa como um contra-ataque eficiente".
As relações entre Rússia e Ucrânia se deterioraram depois da reunificação da Crimeia à Rússia em março de 2014 e início do conflito em Donbass. Ademais, Kiev acusou Moscou de envolvimento dos assuntos internos do país. Moscou tem afirmado repetidamente que não faz parte do conflito interno ucraniano e tem interesse que a Ucrânia supere a crise política e econômica.
Em 2014, a Suprema Rada da Ucrânia aprovou emendas legislativas, segundo as quais o país deixou de ser não-alinhado. Em junho de 2016, foram aprovadas outras mudanças que estabeleceram a adesão à OTAN como um dos objetivos da política externa do país. Aliás, até 2020 Kiev se comprometeu a garantir a compatibilidade das suas Forças Armadas com as da OTAN.