Características principais do Shilka
O ZSU-23-4 é um sistema de defesa antiaérea autopropulsado cuja fabricação foi iniciada em 1964 e durou até 1982, com aproximadamente 6.500 unidades produzidas.
O sistema é equipado com quatro canhões de 23 mm instalados em pares, que podem disparar até 3.400 tiros por minuto.
O objetivo original dessa arma era defender as tropas de veículos aéreos voando a baixa altitude, ou seja, helicópteros, aviões, mísseis de cruzeiro e até mesmo alvos marítimos.
Vale destacar que o Shilka possui um escudo à prova de balas que protege a tripulação e os mecanismos vitais e, portanto, permite ao ZSU-23-4 ser implantado na frente do combate.
Arma segura testada em combates
O mesmo modelo foi utilizado em conflitos armados nos Balcãs, na África e em áreas de tensão elevada da União Soviética.
O Shilka é usado ainda hoje, por exemplo pelas forças governamentais na Síria, onde já provou sua eficácia em áreas urbanas.
Os canhões têm capacidade de se inclinar em ângulos maiores do que as armas de outros blindados. Isso lhes permite abrir fogo contra alvos localizados nos pisos superiores dos prédios.
Ademais, com o objetivo de preparar esses sistemas de "combate urbano" para enfrentar novos desafios, os soldados sírios aperfeiçoam sua proteção com grades de blindagem contra lança-foguetes.
Resultado da modernização
As novas capacidades do ZSU-23-4 apareceram na sua nova versão, o Shilka M-4. Graças à modernização, o sistema recebeu um novo radar e a possibilidade de transportar e lançar mísseis Igla, o que aumenta o seu alcance máximo.
Todos os equipamentos elétricos também passaram a ser digitais e o sistema de visão noturna ativo foi substituído por um passivo, o que melhora a invisibilidade do Shilka.
Além disso, após a modernização, o Shilka-M4 também inclui um centro de comando e reconhecimento móvel Sborka-M1, que se comunica com o Shilka através de um canal codificado.
Arsenal inimaginável
As munições do Shilka-M4 consistem em 2.000 projéteis de 23 mm e quatro mísseis Igla. A distância máxima de deteção de alvos aéreos é de 34 quilômetros, com a distância máxima de acompanhamento de alvos de 10 quilômetros. A distância mínima é de 200 metros.
O novo sistema entrará em serviço para defender o espaço aéreo da Rússia, mas os exércitos estrangeiros que já possuem versões antigas dessa arma terão a oportunidade de pedir a sua modernização.