A Força Aérea dos EUA confirmou que um militar norte-americano esteve implicado no acidente com um caça ucraniano Su-27 na terça-feira (16) na região ucraniana de Vinnitsa, quando realizava um combate simulado durante os exercícios internacionais Clear Sky 2018, segundo o comunicado do serviço de imprensa da entidade.
O Promotoria Militar da Ucrânia, por sua vez, declarou que no acidente com o caça Su-27 morreram dois pilotos da aeronave — um oficial da Força Aérea Ucraniana e um militar da Força Aérea da Guarda Nacional dos EUA. Mais tarde, a entidade ucraniana apagou a informação sobre a cidadania das vítimas do acidente.
O comunicado sobre a cidadania dos pilotos mortos foi apagado também no site do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia. Porém, na manhã da quarta-feira (17), as Forças Armadas da Ucrânia confirmaram a morte do piloto estadunidense.
O nome do piloto ucraniano morto já foi revelado. Segundo comunicou o Estado-Maior ucraniano, é o comandante da tripulação, coronel Ivan Petrenko.
Vladimir Popov, major-general e piloto emérito russo, explicou ao serviço russo da Rádio Sputnik por que o acidente poderia ter vitimado pilotos dos dois países.
"Voos com tripulação conjunta em exercícios internacionais são permitidos e realizados em vários países. São os assim chamados voos de conhecimento nos aviões com direção dupla. Organizam-se para troca de experiência, verificação das capacidades. Tais voos, com certeza, se realizam com permissão do alto comando militar de ambos os países", disse Vladimir Popov.
Não é de excluir que, neste caso, na comissão estejam presentes alguns representantes dos EUA e participem de algum modo no seu trabalho, opina Vladimir Popov. Caso já tenham sido encontrados os materiais de controle objetivo, ou seja, as caixas pretas, então esses dados permitirão determinar o que aconteceu no voo trágico, explicou o piloto russo.