No último livro do cientista "Brief Answers to Big Questions" ("Breves Respostas para Grandes Questões", em tradução livre), publicado em 16 de outubro, Hawking responde a perguntas essenciais do nosso tempo.
Para o físico e astrônomo Marcelo Souza, professor da UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense), as previsões de Hawking podem se tornar realidade.
"A Terra tem recursos limitados e pode chegar um momento em que a gente tenha algum efeito danoso aqui na superfície da Terra que torne difícil a sobrevivência das pessoas. Isso aconteceu em vários momentos da vida do planeta. Então há sempre uma preocupação de buscar uma outra morada para os seres humanos. Se essa alteração no DNA permitir que o ser humano sobreviva neste tipo de ambiente hostil, o ser humano poderia começar a ocupar esses planetas", comentou em entrevista à Sputnik Brasil.
Outra angústia que Stephen Hawking tinha era sobre o potencial que a Inteligência Artificial tem de superar a inteligência humana. "Tenho medo de a inteligência artificial ser capaz de substituir as pessoas", Hawking confessou em entrevista ao jornal Wierd, adicionando que chegará um dia em que os programas conseguirão se reproduzir e, assim, se tornarão mais inteligentes do que os humanos.
"Não se sabe realmente se chegou a um nível de inteligência de eles terem contato só entre eles e a partir daí desenvolverem um sistema de comunicação próprio, ou se foi algum bug, mas na dúvida foi cancelado o experimento", contou.
Apesar de as previsões de Hawking serem alarmistas, Marcelo Souza disse que elas são uma imagem de um futuro distante, "não é para já".
O físico britânico morreu no dia 14 de março, em Cambridge. Os restos mortais de Stephen Hawking foram enterrados na Abadia de Westminster, ao lado de cientistas como Isaac Newton, Charles Darwin, J.J. Thompson e Ernest Rutherford.