Os sistemas de mísseis S-300 protegem os céus da Síria contra Israel, um país que "procura desviar o progresso sírio no terreno", disse o major-general Hassan Ahmed Hassan, chefe do Departamento Político do Exército sírio, em entrevista exclusiva à Sputnik França.
Após sua implantação na Síria, Israel tem poucas chances de voltar a bombardear o país vizinho, disse o interlocutor da agência.
"As chances de Israel realizar uma agressão desde o ar foram reduzidas significativamente, para não dizer que elas desapareceram completamente", disse o major-general.
"Israel quer encorajá-los, elevar sua moral, mostrar que eles têm sua proteção. Quanto mais lutamos […], mais fracas são as possibilidades da agressão israelense. Seus ataques visam colocar as cartas a seu favor e desviar atenção do progresso do Exército sírio. Não permitiremos que Israel os consiga realizar", disse o especialista.
Ao mesmo tempo, o major-general também destacou que, ao falar sobre a proteção do espaço aéreo sírio, é vital levar em conta tanto a defesa aérea quanto a guerra eletrônica. Seus meios permitem interceptar ondas eletrônicas e criar interferências para aviões e mísseis e são necessários para fortalecer a proteção do espaço aéreo da Síria.
"Estamos 100% seguros de que os céus da Síria já estão protegidos", afirmou Hassan.
Além disso, o interlocutor da agência chamou atenção ao papel desempenhado pelo Irã no conflito sírio e, em particular, na luta contra os grupos armados:
"O principal papel militar foi o que nos ofereceram seus conselheiros. Nossos amigos iranianos têm muita experiência nessa área e têm ajudado o Exército Sírio."
Moscou responsabilizou pelo acidente Israel, que naquele momento estava lançando ataques contra o território sírio.
No início de outubro, a Defesa russa anunciou que havia finalizado a entrega de 4 sistemas S-300 ao país árabe e que os militares locais seriam ensinados a utilizá-los em três meses.