Como consequência, segundo o analista, a Rússia será forçada a posicionar seus mísseis em direção aos países que permitirem que os EUA reinstalem esses mísseis em seu território.
Segundo ele, do ponto de vista militar, esse tratado é fundamental para evitar a ameaça de destruição nuclear mútua por ambas as partes.
"O fato é que os mísseis posicionados na Europa poderiam alcançar alvos na Rússia em 8 a 10 minutos. E os da Rússia também, neste período. Para a liderança militar de ambos os lados, não haveria um tempo para uma decisão deliberada sobre como agir se os mísseis voassem para algum lugar. Portanto, a destruição dessa classe de mísseis foi uma grande conquista. Isso reduziu drasticamente o impasse entre os dois lados e fortaleceu a confiança recíproca", disse o analista.
A saída dos EUA do tratado pode fazer com que Rússia e outros países intensifiquem a corrida armamentista, observa Litovkin.
"Isso permitirá que eles equalizem o equilíbrio de poder com os Estados Unidos, mas eles [os EUA] querem dominar o planeta, e este tratado claramente os impediu de serem hegemônicos", observou.
Uma coincidência histórica: quase exatamente 30 anos depois da entrada em vigor do Tratado INF entre a União Soviética e os EUA, o Congresso norte-americano declara uma moratória em sua execução, mas na verdade quer quebrar o elo de fortalecimento entre a Rússia e a Europa.