Os exercícios deverão contar com a participação de 29 países da OTAN assim como da Finlândia e Suécia, que não são membros da Aliança.
Apesar do objetivo declarado dos exercícios ser o treinamento da prontidão de combate dos membros da OTAN para responderem de forma unificada a futuras ameaças à segurança, há relatos que os Trident Juncture 18 visam enviar uma certa mensagem à Rússia.
Por sua parte, o ex-conselheiro dos senadores republicanos e analista político, Jim Jatras, afirma que todas e quaisquer manobras da OTAN são um sinal para Moscou.
"Claro que estes exercícios se destinam a enviar uma mensagem à Rússia […] Colocaria estes exercícios na mesma categoria daquelas provocações que vemos no mar Báltico e Negro para desafiar os russos, para ver se eles vão sair e enfrentar navios e aviões diretamente nas suas águas territoriais", opinou ele à Sputnik.
O analista destaca que sempre que a Rússia realiza manobras de tal escala no seu próprio território, a mídia ocidental diz que estas são provocatórias, mas agora "não é suposto [a Rússia] se sentir provocada por este tipo de exercícios que são claramente direcionados contra ela", mesmo que não sejam realizados muito perto do país eslavo.
Jatras acha ainda mais alarmante o fato de a Finlândia e a Suécia terem se juntado aos treinamentos, pois isso "é direcionado ao teatro do Ártico e à Rússia".
Para Eland, os exercícios sinalizam que os EUA passaram para uma política mais dura e que em breve esta será dirigida contra a Rússia e a China. A última já sentiu isso na própria pele com a guerra comercial com Washington.
"Nova Guerra Fria é possível, especialmente com a Rússia, já que os EUA têm com ela menos relações comerciais do que com a China", prevê especialista.
O início das manobras Trident Juncture 18, que decorrerão principalmente na Noruega, está marcado para esta quinta-feira (25).