"O capitão Bolsonaro é um patriota brasileiro e acredito que seja um grande líder para seu país neste momento histórico", disse Bannon em texto enviado à Agência Reuters.
Em agosto deste ano, o filho de Bolsonaro, Eduardo, esteve reunido com Bannon em Nova York (EUA). Em um tweet, o filho do presidenciável do PSL afirmou que "[Bannon] disse ser um entusiasta da campanha de Bolsonaro" e "estamos certamente em contato para unir forças, especialmente contra o marxismo cultural".
It was a pleasure to meet STEVE BANNON,strategist in Donald Trump's presidential campaign.We had a great conversation and we share the same worldview.He said be an enthusiast of Bolsonaro's campaign and we are certainly in touch to join forces,especially against cultural marxism. pic.twitter.com/ceHoui6FH5
— Eduardo Bolsonaro 17 (@BolsonaroSP) 4 de agosto de 2018
"O movimento populista é um fenômeno global", continuou Bannon. "A tendência é definitivamente a nosso favor e é por isso que penso que o Bolsonaro vai ganhar bem".
Recentemente, ao falar da sua atuação internacional ao articular o populismo de direita com um grupo intitulado O Movimento, Bannon destacou o avanço de ideias compartilhadas por ele no Brasil, mencionando o sucesso de Bolsonaro nas intenções de voto.
Embora Jair Bolsonaro não tenha confirmado qualquer participação efetiva de Bannon em sua campanha (Bannon negou qualquer participação), o presidenciável brasileiro já disse em diversas oportunidades admirar o governo do presidente estadunidense Donald Trump, do qual Bannon foi parte durante os primeiros sete meses, deixando o posto de assessor após desentendimentos com o líder dos EUA.
Bannon pontuou ainda que viu semelhanças entre as forças políticas e econômicas que elevaram Bolsonaro e que levaram seu ex-chefe ao poder.
"Ele é uma figura como Trump", declarou Bannon sobre Bolsonaro, que obteve 56% das intenções de voto na pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira, em comparação com os 44% do adversário, o petista Fernando Haddad.
Foi a crise financeira de 2008 que "acendeu o estopim que explodiu com a candidatura de Donald Trump e sua presidência", comentou Bannon na mesma entrevista. "O Brasil está passando por esse tipo de crise agora".