"Desde 2008, temos cooperado com os Estados Unidos [na esfera militar]. Tomamos a decisão de construir uma base antimíssil em Redzikowo. Já há unidades dos EUA lá […] A presença militar dos EUA na Polônia já é significativa devido ao fato de que a Rússia é uma ameaça. Queremos que esta presença seja aumentada e permanente", disse Czaputowicz.
Ele observou que 3.000 soldados dos EUA foram enviados para a Polônia segundo o princípio rotativo.
"A Polônia está agindo de maneira transparente em sua cooperação com a OTAN. Acreditamos que essas ações impulsionam a segurança não apenas da Polônia e da Europa, mas também da OTAN como um todo", destacou Czaputowicz.
Falando sobre o Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) e a intenção dos EUA de se retirar do acordo, a autoridade polonesa disse que os tratados deveriam ser seguidos por cada lado.
"E se estamos falando desses mísseis, a Rússia está realizando ações que violam o tratado […] [A Polônia] expressa a compreensão da posição dos EUA sobre o assunto", comentou o ministro.
Ao mesmo tempo, ele disse que a Polônia gostaria de ter relações amigáveis com a Rússia.
"A Polônia gostaria de ter boas relações com a Rússia, cooperação em nível de sociedades e estados, mas a comunidade internacional deve estar unida e demonstrar que não pode haver consentimento para a violação do direito internacional", disse Czaputowicz.
No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a intenção de seu país de retirar-se do Tratado INF sobre as supostas violações do acordo pela Rússia.
Na segunda-feira, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pontuou que a Rússia esperaria pelos esclarecimentos oficiais dos Estados Unidos sobre sua possível retirada do Tratado INF e só então determinaria sua própria posição sobre o assunto.
A autoridade russa acrescentou que qualquer ação nesta área seria recebida com oposição, enfatizando que a paridade seria mantida sob quaisquer circunstâncias.
O Tratado INF foi assinado pelo então líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, e depois pelo presidente dos EUA, Ronald Reagan, em 1987, em meio à Guerra Fria. Os dois lados chegaram a um acordo histórico para cortar seus arsenais nucleares e se comprometeram a destruir todos os mísseis balísticos de cruzeiro ou lançados no solo, com alcance entre 310 e 3.400 milhas.