Vale destacar que, atualmente, a Marinha espanhola conta com 12 aviões Harrier de tipo V/STOL, de decolagem vertical.
"O Ministério da Defesa da Espanha está determinando os novos objetivos de médio e longo prazo para as forças militares. No decurso desse processo de planejamento, uma das necessidades é a substituição gradual dos Harrier da Marinha espanhola".
Desvantagens de um caça muito caro
Segundo acredita o professor de engenharia da Universidade Politécnica de Madri, José Luis Hernando Díaz, os caças norte-americanos poderiam substituir o velho parque da aviação naval espanhola. No entanto, ele refere as desvantagens que esse avião militar possui, entre os quais o seu alto preço e uma longa história de falhas técnicas, consideradas "inaceitáveis" por vários especialistas.
Espanha, diz ele, estaria esperando para verificar como funcionam esses aviões de combate nos exércitos de outros países.
Ao falar sobre o custo dos caças, Díaz lembrou que a Espanha não participa do programa Joint Strike Fighter, ou seja, nenhuma de suas empresas está envolvida na construção destas aeronaves. Por esta razão, os F-35B custarão mais caro a Espanha do que, por exemplo, ao Reino Unido ou à Itália, que integram o programa.
Alternativas aos caças F-35B
Na opinião do especialista da Universidade de Madri, hoje não há alternativa digna aos F-35B, pois estes são a única opção viável para o médio e longo prazo capaz de substituir os Harrier espanhóis, visto que todos os projetos europeus se encontram na fase inicial.
"Uma opção pouco provável" que a Defesa espanhola tem é adquirir caças europeus de sexta geração FCAS, fabricados em conjunto pela Alemanha e França. Não obstante, nem tudo aqui é fácil, notou o professor, indicando que primeiro voo de teste desse avião está marcado para 2025, enquanto sua produção em série será iniciada não antes de 2040. É evidente que a Marinha espanhola não pode esperar tantos anos.
Qualquer que seja a decisão da Espanha, está deverá ser tomada no tempo mais próximo, visto que, em breve, seus caças deixarão de funcionar. E, nessa situação, Madrid só terá duas opções pouco agradáveis: deixar a Marinha sem caças ou gastar somas enormes em aviões norte-americanos, esperando que estes não falhem, concluiu.