Wolfgang Seibert, líder da Associação de Comunidades Judaicas (JCA) em Schleswig-Holstein, renunciou "com efeito imediato, para evitar mais danos", segundo o grupo religioso.
Seibert, de 71 anos, é líder desde 2003 da comunidade judaica da cidade alemã que fica perto de Hamburgo. Sua renúncia segue uma reportagem recente da revista alemã Der Spiegel, que citou documentos que questionavam a herança judaica de Seibert.
Ele se identifica publicamente como um judeu reformista. No entanto, documentos familiares revelaram que nem ele, seus pais nem seus avós eram judeus. Os informes mostram agora que Seibert nasceu de pais cristãos protestantes em Frankfurt e foi batizado na fé cristã quando tinha 3 dias de idade.
A Der Spiegel também alega que o líder religioso nunca se converteu ao judaísmo, e apelidou-o de "golpista", acrescentando que ele tem antecedentes criminais por várias instâncias de fraude e peculato.
A publicação semanal alemã também apontou para alegações de que os avós de Siebert sobreviveram ao campo de concentração de Auschwitz — relatando que seu avô e pai paternos realmente lutaram pelo regime nazista na Segunda Guerra Mundial.
A reportagem também reagiu às alegações de Siebert de que sua avó, Anna Katharina Schmidt, sobreviveu ao notório campo de concentração, relatando que a avó de Seibert era na verdade a filha de um protestante.
Em um comunicado divulgado na última sexta-feira, o advogado de Seibert disse que seu cliente havia "exagerado" algumas de suas contas pessoais, informou a agência Associated Press.
Ele também declarou que Seibert pediu desculpas à comunidade por causar qualquer insulto por seus "exageros". Seu advogado acrescentou que Seibert está "comprometido com os princípios da fé judaica" e espera reconquistar a confiança da comunidade.