'Não queremos uma nova corrida armamentista', diz secretário da OTAN

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Jens Stoltenberg na cúpula da OTAN em Varsóvia. - Sputnik Brasil
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O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira que a aliança não quer uma nova corrida armamentista em resposta à situação criada pela possível saída dos Estados Unidos do Tratado de Forças Nucleares Tratado de Alcance Intermediário (INF).

Stoltenberg ficou satisfeito com a convocação do Conselho Rússia-OTAN para esta quarta-feira e salientou que "o diálogo é especialmente importante quando as relações entre as partes são complexas".

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"Não há contradição entre manter o diálogo e ser forte", afirmou Stoltenberg em entrevista coletiva na Noruega, comentando: "Não queremos uma nova Guerra Fria ou uma corrida armamentista".

Ele também enfatizou a importância do diálogo para prevenir incidentes e aumentar a previsibilidade.

"Não vamos entrar em detalhes sobre a agenda da reunião do Conselho Rússia-OTAN, iremos informá-lo após a reunião, mas se falamos sobre o Tratado INF, o problema reside no novo míssil russo. Há novos mísseis dos EUA na Europa", respondeu ele à questão de saber se existe a possibilidade de "salvar" o Tratado INF.

Ele acrescentou que "todos os aliados têm a preocupação expressa, o tratado pode ser eficiente se todas as partes respeitem, e instamos a Federação Russa para confirmar que cumpre integralmente e de forma transparente o Tratado INF, não queremos uma nova corrida armamentista".

Em 20 de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que seu país abandonaria o Tratado INF, alegando violações do acordo por parte da Rússia.

Mais tarde, o presidente dos Estados Unidos acrescentou que os EUA aumentarão suas capacidades nucleares até que outros países, como a Rússia e a China, "caiam na real".

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Moscou afirmou que essas alegações causam preocupação, já que a medida tornará o mundo mais perigoso.

O Tratado INF, assinado por Washington e Moscou em 1987, não tem data de expiração e proíbe as partes de ter mísseis balísticos terrestres ou mísseis de cruzeiro com um alcance de 500 a 5.500 quilômetros.

A Rússia e os EUA acusaram-se repetidamente de desenvolver sistemas que violam este pacto.

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