Dos 97 veículos de combate entregues, apenas 38 estão totalmente operacionais, o que representa cerca de 37% do número total. Entretanto, o Bundeswehr tem a intenção de aumentar o índice de prontidão militar até 70%.
"Nós, como sempre, pensamos que a indústria é obrigada a atingir os índices indicados o mais rápido possível", indica o relatório de Tauber, segundo Stuttgarter Nachrichten.
Segundo a opinião de jornalistas alemães, os problemas são causados pelo envolvimento crescente da Alemanha nas operações militares da OTAN. O Bundeswehr participa em 15 missões da Aliança.
Anteriormente, especialistas da revista The National Interest disseram que o estado da Marinha alemã é vergonhoso para o país mais rico da Europa. Para os analistas, por causa do financiamento insuficiente e mau planejamento, a Marinha da Alemanha não está em condições de cumprir seus objetivos.
Matthias Hohn, parlamentar do Die Linke, criticou a situação em torno do novo equipamento, criticando a decisão da ministra da Defesa, Ursula von der Leyen ao "permitir que esta indústria multibilionária da indústria de armas às custas dos contribuintes", o que classificou como um "escândalo".
De acordo com Hohn, a Defesa não cumpriu seus próprios planos de prontidão crescente. "Novos equipamentos militares diretamente das linhas de produção da indústria de defesa não funcionam. É inaceitável aceitar equipamentos… e pagar por isso quando não funciona", afirmou o legislador.
No início deste ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu aos aliados da Otan em Washington que gastem 4% do PIB em defesa, acima do padrão atual médio de 2%. Parlamentares alemães da oposição chamaram essas demandas de "absolutamente loucas", uma vez que não há nenhuma grande ameaça externa à Alemanha. De acordo com o legislador da Die Linke, Alexander Neu, apenas a indústria de defesa e os militares estavam interessados em mais gastos, enquanto a população seria favorável a aumentar gastos com assistência social.