Em 4 de novembro, um segundo pacote de sanções dos EUA contra Teerã, que terá como meta as exportações de petróleo do país, entre outras coisas, deverá entrar em vigor como consequência da retirada dos EUA do acordo nuclear com o Irã em maio.
No início de outubro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que Washington consideraria renúncias aos importadores do petróleo iraniano, incluindo a Índia, para dar tempo para se adaptarem às novas condições, mas espera que todos os países reduzam suas importações de petróleo do Irã para zero.
"A Índia e os EUA concordaram amplamente com uma dispensa. A Índia cortará a importação em um terço, o que é um corte significativo", disse uma fonte ao jornal.
Segundo fontes, a Índia poderia importar cerca de 1,25 milhão de toneladas de petróleo por mês até março de 2019, o que é consistente com as compras de petróleo do país em outubro e novembro, e marcará uma redução significativa em relação aos planos iniciais do país.
As fontes também disseram que, durante as negociações, que vinham acontecendo há meses, o lado indiano havia garantido a Washington que o Irã não seria capaz de usar o dinheiro que obtém das exportações de petróleo para a Índia para financiar atividades terroristas. A Índia também expressou a prontidão do país em importar mais petróleo dos próprios Estados Unidos se Washington oferecer condições competitivas, acrescentou o jornal.
A renúncia pode ser anunciada oficialmente nos próximos dias, afirmaram as fontes.
A Índia tem sido muito relutante em cortar as importações de petróleo do Irã, porque Teerã é o segundo maior fornecedor de petróleo de Nova Déli atrás do Iraque. No ano fiscal de 2017-2018, a Índia importou 9,8 milhões de toneladas de petróleo do Irã, enquanto em 2016-2017, as importações iranianas de petróleo chegaram a 13 milhões de toneladas.
