"Vão ter duas investigações em paralelo, a da morte de Marielle continua. Mas vai ter outro eixo, que vai investigar, seja quem está dentro do poder público, ou quem está fora. É uma investigação da investigação, vamos assim dizer", disse em coletiva de imprensa.
A investigação responde a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Segundo o ministro, duas testemunhas apontaram pessoas envolvidas no crime que estão dentro do poder público para barrar a investigação.
A afirmação de Jungmann ocorre após o miliciano Orlando de Oliveira Araújo, o Orlando da Curicica, afirmar em entrevista ao jornal O Globo que existe uma tentativa de barrar a investigação do duplo homicídio.
"O que tenho a dizer, ninguém gostaria de ouvir: existe no Rio hoje um batalhão de assassinos agindo por dinheiro, a maioria oriunda da contravenção. A Divisão de Homicídios e o chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, sabem quem são, mas recebem dinheiro de contraventores para não tocar ou direcionar as investigações, criando assim uma rede de proteção para que a contravenção mate quem quiser. Diga, nos últimos anos, qual caso de homicídio teve como alvo de investigação algum contraventor?"
Ainda de acordo com Curicica, o crime seria uma maneira de atingir o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).