De acordo com a Administração de Informação de Energia dos EUA, os norte-americanos assumiram em agosto o primeiro lugar no mundo na produção de petróleo, produzindo em torno de 11,3 milhões de barris por dia.
Entretanto, dados recentes do Escritório Central da Indústria de Combustíveis e Energias da Rússia sobre produção de petróleo no país eslavo sugerem crescimento de 0,5%, resultando na produção de 1,6 bilhões de toneladas, o que corresponderia, assim, a 11,4 milhões de barris por dia.
Outro país participante da corrida do petróleo é a Arábia Saudita, que afirmou estar produzindo em torno de 11 milhões de barris por dia. Além disso, os sauditas estariam prontos para elevar a produção a 12 milhões de barris, segundo o ministro da Energia, Jalid Falih.
Sendo assim, Rússia e Arábia Saudita estariam elevando suas extrações para compensar a redução em outros países que vêm sofrendo com problemas internos ou sanções impostas pelos norte-americanos. Entretanto, isso poderá influenciar os valores do petróleo de maneira negativa, segundo analista-chefe da Expert Plus, Maria Salnikova, que acredita que graças ao excesso de petróleo, em novembro possivelmente haverá uma queda nos valores.
O crescimento da produção nos EUA está proporcionando o aumento das importações, já que o país importa petróleo do exterior. Para toda essa quantidade de petróleo norte-americano seria preciso um comprador e seu principal mercado seria a Ásia. E os EUA estão tendo problemas com a China, o gigante asiático, que deixou de comprar petróleo norte-americano, segundo a Reuters.
Diante desse cenário, o que estaria fazendo os EUA elevarem a produção sem obter lucros com as exportações? O fato é que quanto maior o valor, menor será a taxa de crescimento da economia, explicou especialista da Alor Broker, Aleksei Antonov.
A estimativa é de que houve uma queda de 10 dólares no valor do barril. Além disso, com as sanções impostas ao Irã, o mercado prevê uma perda de aproximadamente dois milhões de barris por dia.
"Como resultado, é mais provável que vejamos uma potente e duradoura ‘corrida' do petróleo que poderá atingir fortemente a taxa de crescimento da economia norte-americana. Portanto, o aumento da produção nos EUA é apenas uma forma de proteger o mercado interno, que não sofrerá nenhum impacto sério no mercado mundial", concluiu Antonov.