"Esses são passos provocativos e ilegais que só desestabilizarão a segurança e a estabilidade na região", disse Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da Organização de Libertação da Palestina, à Agência AFP.
Os Estados Unidos transferiram sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém em maio, provocando fúria entre os palestinos, que consideram a parte leste da cidade, anexada por Israel, a capital do seu futuro Estado.
"É muito lamentável que o Brasil tenha aderido a essa aliança negativa contra o direito internacional", declarou Ashrawi.
Na quinta-feira, Bolsonaro escreveu no Twitter que "como afirmamos anteriormente durante nossa campanha, pretendemos transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém".
"Israel é um Estado soberano e nós devemos respeitar isso", pontuou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou o movimento "histórico".
Somente os Estados Unidos e a Guatemala têm atualmente suas embaixadas em Jerusalém, enquanto outros países têm as suas em Tel Aviv.
Israel ocupou o leste árabe de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias de 1967 e depois anexou-o em um movimento nunca reconhecido pela comunidade internacional. Hoje, Tel Aviv vê toda a cidade como sua capital.
Durante décadas, a comunidade internacional sustentou que o status da cidade deveria ser negociado entre Israel e os palestinos.