O projeto chamado Insect Allies (Aliados de Insetos) está sendo desenvolvido pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, na sigla em inglês), administrada pelo Departamento de Defesa americano. Por enquanto, não está claro como será possível controlar as rotas de voo dos insetos para estes infetarem determinadas plantas.
Segundo um comunicado da organização, o programa não tem intenções sinistras, tendo por objetivo "assegurar novas capacidades para proteger os EUA, especialmente a capacidade de responder rapidamente às ameaças à oferta de alimentos", diz o artigo do RT.
Se existirem meios de transmitir vírus para estes criarem mutações positivas nas plantas, é possível a variante oposta, adverte Pierscionek: usar insetos para infectarem com vírus que destruam plantações, colheitas e afetem o ecossistema.
Outro programa financiado pela DARPA, sublinha o colunista, prevê libertar mosquitos geneticamente modificados na área das ilhas Florida Keys para que transmitam a seus parentes portadores da malária vírus esterilizantes. Além dos efeitos desconhecidos de tal experimento sobre o ecossistema, os conhecimentos obtidos em tal pesquisa representam ameaça por poderem um dia ser usados com fim de infectar uma população com agentes biológicos, acredita o autor do artigo.
Neste contexto, Pierscionek lembra outro fato curioso: no ano passado a Força Aérea dos EUA tentou adquirir amostras de DNA de habitantes da Rússia. Embora não haja evidência de que a medida tenha tido intenções malignas, a notícia provocou muitas preocupações, inclusivé nos círculos mais altos do governo russo.
Concluindo, o colunista volta à sua ideia principal, destacando que resultados obtidos durante projetos civis podem ser alterados para fins militares. O governo dos Estados Unidos pode não autorizar oficialmente a criação de armas biológicas, mas é incapaz de monitorar cada estrutura de seu gigante aparelho militar e de inteligência e as ações do chamado "Estado profundo", finaliza.