Secretária-Geral da CDU: 'A Era Merkel acabou'

© REUTERS / Fabrizio BenschA correligionária da chanceler Angela Merkel, Annegret Kramp-Karrenbauer, discursa em coletiva de imprensa para promover sua candidatura à liderança da CDU.
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Depois que a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou no mês passado que não concorreria a outro mandato para o cargo de presidente do Partido Democrata Cristão (CDU), a secretária-geral do CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, posicionou-se como a sucessora de Merkel nas eleições de dezembro de 2018.

Numa coletiva de imprensa em Berlim, a secretária geral do partido da União Democrata Cristã (CDU) da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer concentrou-se especificamente no porquê deve ser a próxima líder da CDU, dizendo que a era de Angela Merkel estava chegando ao fim.

"Este é o fim de uma era com a qual associo muitas relações e experiências pessoais. Mas essa era acabou, e tal era não pode ser continuada nem invertida. A questão decisiva é o que você faz com o que herdou", enfatizou Kramp-Karrenbauer.

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Ela também se referiu à sua "turnê" para ouvir organizações de base da CDU, dizendo que os membros estavam cheios de "orgulho, frustração, preocupação e incerteza" devido aos maus resultados eleitorais do partido no estado de Hesse.

Dirigindo-se às próximas eleições, Kramp-Karrenbauer advertiu quanto aos riscos de uma campanha divisiva para conquistar o comando da CDU. Para ela, a legenda  "quer continuar a ser um partido que valoriza a ligação acima da divisão".

Nesse sentido, ela tocou nas repercussões políticas da decisão de Merkel de abrir a fronteira da Alemanha com a Áustria em setembro de 2015 e deixar entrar refugiados, um movimento que divide opiniões entre os membros da CDU.

"Se você acha que pode debater e reverter o que aconteceu em 2015, temos que ser honestos […] e dizer: o que aconteceu em 2015 é uma realidade, é um fato. O segundo ponto, e temos que deixar isso bem claro, é que é muito cedo para analisar a questão e nós trabalhamos para garantir que o que aconteceu em 2015 não volte a acontecer”, destacou.

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Segundo ela, questões relacionadas à segurança também são de grande importância, algo que não deve ser resolvido em um contexto "nacional".

"Nós, na Alemanha, vivemos numa Europa aberta, vivemos no espaço Schengen, e é nossa tarefa decidir como este espaço Schengen pode ser concluído. Como pode criar segurança interna, garantir a liberdade interna, mas organizar a segurança externa? A questão de como nos proteger dos criminosos não pode ser respondida apenas na Alemanha ", concluiu.

No final de outubro, Merkel anunciou que não participaria da disputa pela liderança da CDU em dezembro. Além disso, ela confirmou que pretendia deixar o cargo de chanceler federal em 2021. Ela revelou que tomou a decisão antes do recesso de verão do parlamento.

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