'EUA criaram um grande mito em torno dos F-35'

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Os Estados Unidos anunciaram seus planos de fornecer 10 caças F-35 ao Japão até fim deste ano e mais seis aviões em 2019. Os EUA cumprirão assim as promessas de Donald Trump de aumentar as vendas de tecnologias militares ao país asiático, afirmou o vice-presidente Mike Pence durante visita ao Japão.

Segundo informações anteriores, o Japão pretende equipar suas Forças Armadas com 42 caças até o ano fiscal de 2024. Até 2028, Tóquio planeja ter 68 aviões deste tipo. A iniciativa se explica antes de tudo pelas crescentes atividades militares da China.

Caça norte-americano da quinta geração F-35 - Sputnik Brasil
Itália decide desacelerar compra de caças americanos F-35, afirma ministra
Para o coronel aposentado e analista militar Viktor Baranets, o contrato mostra que os EUA continuam impondo seus caças tanto ao Japão como a outros países, não obstante os aviões terem muitos defeitos.

O especialista lembrou os problemas com equipamento eletrônico dos F-35, que afetam os sistemas de fornecimento de oxigénio e representam perigo para os pilotos.

Para Baranets, mesmo assim os americanos estão extremamente interessados em promover o projeto no Japão, esperando obter bons lucros com a venda. Porém, sublinha, alguns países que inicialmente pretendiam comprar uma centena de caças estadunidenses, acabaram reduzindo o número de aeronaves encomendadas.

"Em geral, podemos dizer que os EUA criaram um grande mito em torno dos F-35, aviões que, segundo eles mesmo reconhecem, estão longe de ser ideais", opinou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

Para tornar o avião mais atraente, Washington chega a baixar seu preço, oferecendo mais aviões por menos dinheiro, destaca Baranets, mas nota que os pilotos japoneses que já pilotaram os F-35 não parecem estar muito impressionados com os aparelhos.

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Relatório do Pentágono revela novos problemas durante testes de certificação do caça F-35
O programa do Pentágono, executado pela Lockheed Martin, de criação do F-35 Lightning II acabou sendo o mais caro da história de produção de armamentos, custando cerca de US$ 1,5 trilhão. Mesmo com todo o dinheiro investido, os caças acabaram sendo incorporados nas Forças Armadas com um atraso de sete anos.

Apesar disso, a mídia relatou em várias ocasiões sobre inúmeros problemas do avião, que fizeram saltar o custo de seu desenvolvimento. Assim, em agosto deste ano, a revista norte-americana The National Interest escreveu que o avião é vulnerável a raios na atmosfera devido às particularidades de sua estrutura.

No fim de setembro, o Pentágono suspendeu temporariamente os voos de cerca de 20 caças devido a falhas no sistema de combustível.

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