Aproximação de Bolívia e Rússia? Embaixador boliviano em Moscou quer firmar parcerias

© Sputnik / Aleksei Nikolsky / Acessar o banco de imagensVladimir Putin, durante visita oficial ao Brasil, se reuniu com Evo Morales (Arquivo)
Vladimir Putin, durante visita oficial ao Brasil, se reuniu com Evo Morales (Arquivo) - Sputnik Brasil
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Bolívia e Rússia têm boas perspectivas para o desenvolvimento de suas relações econômicas, declarou à Sputnik Mundo o embaixador boliviano em Moscou, Hugo Villarroel.

"Temos um conjunto de temas que creio que dão uma perspectiva à nossa relação, no sentido de dar a ela um conteúdo econômico à excelente relação política já existente", afirmou Villarroel.

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O embaixador boliviano acrescentou que atualmente há dois elementos concretos que "fiam essa relação. Eles são a presença na Bolívia de empresas russas como a Rosatom, que constrói um centro de pesquisas nucleares no país e também a presença da Gazprom no país.

Villarroel ainda destacou que o contrato com a Rosatom "está em pleno curso e estabelece uma linha de relação de longo prazo" ao garantir a decisão de "formar quadros e iniciar a tarefa de assimilar uma nova tecnologia, que é a nuclear".

No que se refere à Gazprom, o diplomata assinalou que atualmente há discussões para "um contrato petrolífero [com a empresa russa] na área de Vitiaqua, que pode ter investimentos que superam um bilhão de dólares, formando uma empresa mista entre a Gazprom e a boliviana YPF", disse.

Segundo Villarroel, a Rússia também mostrou seu interesse no "trem bioceânico, que é um magaprojeto no Cone Sul, que vai unir o Atlântico com o Pacífico e vai permitir que se possa evitar a passagem pelo canal do Panamá, barateando o transporte de um conjunto de produtos da América do Sul para a Ásia e a Europa", afirmou.

Falando das perspectivas de cooperação entre a Rússia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), o embaixador enfatizou que "as sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia contra a Rússia, creio que obrigam a Rússia a buscar outras partes do mundo, entre elas a América Latina".

"Apesar das distâncias, das barreiras de idioma, a Rússia goza naturalmente da simpatia de grandes setores da população e de empresários também, cada vez mais na América Latina, e o CELAC é um instrumento de integração dos países latinoamericanos e também dos países do Caribe".

Villarroel ainda expressou sua esperança de que a Rússia e os países da América Latina possam "ganhar muito com uma relação de integração econômica".

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