Europa deve abandonar 'fobia' contra a Síria para evitar nova onda migratória, diz Putin

© Sputnik / Sergei GuneevPresidente russo, Vladimir Putin, durante Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo
Presidente russo, Vladimir Putin, durante Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo - Sputnik Brasil
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A União Europeia (UE) deve abandonar suas fobias a respeito de ajudar a Síria, devastada pela guerra, se não quiser um novo fluxo migratório, avaliou o presidente russo Vladimir Putin.

"Se a comunidade mundial, e principalmente a Europa, não quiser um novo influxo de migrantes, deveria pensar, livrar-se de algumas fobias e apenas ajudar o povo sírio, independentemente do preconceito político", disse Putin em entrevista coletiva durante a sua visita à Singapura.

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Putin afirmou repetidamente que a UE deveria abordar cuidadosamente as questões de imigração e rever suas políticas que encorajaram a migração.

Em declarações anteriores, Putin declarou que há milhões de migrantes na Jordânia, no Líbano e na Turquia, que são "potencialmente um fardo enorme" para a Europa. É por isso que a comunidade internacional deveria fazer de tudo para levar essas pessoas de volta para casa.

A UE ainda é assombrada pela pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, que atingiu o continente em 2015. A maioria dos requerentes de asilo vem de países afetados por conflitos, incluindo a Síria.

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Em 2017, mais de 3 milhões de autorizações de residência foram emitidas, de acordo com um recente relatório do Eurostat. Mais de 223.000 dessas licenças foram concedidas aos sírios.

"As principais rotas de migração para a Europa via Mediterrâneo e Bálcãs seguem o padrão de guerras que os EUA e seus aliados da OTAN travaram, aberta e veladamente, no Afeganistão, Iraque, Síria e Líbia, entre outros países", comentou Finian Cunningham, escritor que cobriu extensivamente os assuntos internacionais.

Cunningham acredita que a abertura dessas rotas "atrai migrantes" de muitos outros países da Ásia, Oriente Médio e África.

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