Os EUA planejam rejeitar uma resolução da Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas que insta Israel a devolver as Colinas de Golã à Síria, segundo a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley.
"Dado o viés anti-israelense da resolução, assim como a militarização da fronteira com Golã, e um agravamento da crise humanitária, este ano os Estados Unidos decidiram votar contra a resolução", disse a embaixadora.
A resolução não vinculada é votada todos os anos pelo Terceiro Comitê da Assembleia Geral da ONU.
O documento tange especificamente a "ilegalidade da decisão" por Israel "de impor suas leis, jurisdição e administração a Golã ocupada", violando assim a lei internacional.
Por sua vez, o embaixador israelense da ONU, Danny Danon, elogiou o anúncio de Haley referente à "mudança no padrão de votação norte-americano", que ele considera ser "outro testemunho da forte cooperação entre os dois países".
Em setembro, o jornal israelense Hayom citou o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, noticiando que ele acredita que Washington poderia reconhecer as Colinas de Golã como parte do Estado judeu.
Friedman acrescentou que espera que as Colinas de Golã permaneçam sobre o controle israelense "para sempre", expressando que "não pode imaginar uma situação" na qual a área seja devolvida à Síria.
Anteriormente, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, disse que a administração não estava discutindo nenhum reconhecimento por parte de Israel do território ocupado da Síria.
Israel assumiu o controle das Colinas de Golã em 1967 depois da Guerra dos Seis Dias. Em 1981, o Estado judeu aprovou uma lei declarando seu direito ao território, justificando a medida como uma necessidade de salvaguardar suas fronteiras da atividade militar agressiva. No entanto, a lei nunca foi reconhecida internacionalmente e a disputa entre a Síria e Israel pelo território ainda não foi resolvida.