Na passada quinta-feira (15), a representante oficial da chancelaria russa Maria Zakharova comunicou que para os EUA já haviam sido enviados três navios-tanque com gás liquefeito russo. Mais cedo, se informava sobre apenas dois possíveis suprimentos desse tipo, tendo ambos sido efetuados na época de inverno.
Em algumas regiões, por exemplo na Nova Inglaterra, os preços subiram ainda mais por causa das restrições da infraestrutura, ou seja, até US$ 10,5, isto é, quase R$ 40 por um milhão de unidades térmicas britânicas.
Entretanto, mesmo este preço muito elevado para o mercado interno estadunidense é igual ao proposto nos mercados spot asiáticos, onde o preço costuma sempre ser maior ao europeu ou estadunidense.
"Ao mesmo tempo, as despesas com o transporte desde a Europa até o norte dos EUA são duas vezes menores que transportar para Ásia-Pacífico. Claro que nessas condições é mais vantajoso vender o gás liquefeito para os EUA", acrescenta o especialista.
Além disso, assinala o interlocutor da Sputnik, de fato seria mais vantajoso importar para Boston o próprio gás americano, contudo, a lei nacional sobre cabotagem no país proíbe que o transporte interno seja efetuado por navios construídos fora dos EUA, enquanto os navios transportadores de GNL são construídos na Coreia do Sul.
"Isto faz com que o país seja obrigado a importar o gás liquefeito estrangeiro para cobrir as subidas sazonais nas áreas costeiras, e o gás russo é uma boa escolha para esse papel pelas razões citadas acima. A frequência dessas entregas será definida pela frequência das vagas de frio nos EUA e, consequentemente, pelos aumentos dos preços regionais do gás nos EUA", resumiu.